Três percursos para conhecer Lisboa de trotineta

O pontapé de saída para a nossa primeira sugestão de percurso é a Praça do Comércio, local icónico de Lisboa e um dos seus pontos mais visitados. Também conhecida como Terreiro do Paço, é a maior praça de Portugal e uma das maiores da Europa. Após apreciar devidamente a beleza da Praça, as vistas sobre o Rio Tejo e o lindíssimo Arco da Rua Augusta pode aproveitar o espaço para testar o acelerador e os travões da trotineta antes de se fazer ao caminho que o levará para a zona de Belém, num dos percursos fáceis de fazer na capital portuguesa com uma extensão aproximada de oito quilómetros.

Propomos que a paragem seguinte seja feita na zona do Cais do Sodré, bairro histórico da capital, conhecido pela sua noite boémia, mas também pelas suas Estações de comboio, metro e pelo cais de onde partem os barcos para a outra margem. Percorra a igualmente famosa Avenida 24 de Julho e aprecie as agradáveis Docas de Santos, Alcântara e de Santo Amaro. Continue pela Avenida Brasília até chegar ao MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia. Pare, desça da trotineta e aprecie as vistas. Para a arquitetura contemporânea e diferenciadora do Museu, mas também sobre o Tejo e a Ponte 25 de Abril. Caso tenha tempo para isso, visite o MAAT e não sairá certamente desiludido.

Já na zona de Belém, o difícil é escolher por onde começar, dada a diversidade de pontos de interesse histórico e cultural. De paragem obrigatória, e com fortes ligações à Época dos Descobrimentos, são a imponente Torre de Belém e o belíssimo Mosteiro dos Jerónimos, ambos classificados pela UNESCO como Património Mundial, bem como o enigmático Padrão dos Descobrimentos. Outras atrações desta zona são o Centro Cultural de Belém, o Museu Coleção Berardo e o Museu de Marinha. Para terminar este percurso de uma forma doce, nada melhor que sentar-se e deliciar-se com um, ou mais, Pastéis de Belém.

Sempre com a preocupação da sustentabilidade ambiental e ecológica em mente, a nossa próxima sugestão de percursos fáceis de fazer em cima de uma trotineta une a zona dos Restauradores, outra grande Praça situada na zona histórica de Lisboa, ao Parque Florestal de Monsanto. Antes de arrancar, aproveite para apreciar o bonito Palácio Foz. O mais provável é que não resista a parar numa das muitas lojas da movimentada e muito conhecida Avenida da Liberdade, artéria que liga os Restauradores à rotunda do Marquês de Pombal, uma das mais emblemáticas da capital portuguesa, e que ostenta na zona central uma estátua do antigo político e diplomata português.

Nas “costas” da rotunda fica o verdejante Parque Eduardo VII, um dos maiores da cidade, que oferece uma panorâmica portentosa sobre o Rio Tejo e a própria cidade. Não muito distante fica outra zona de verde de eleição no centro de Lisboa, o Jardim da Fundação Calouste Gulbenkian. O Aqueduto das Águas Livres é outra magnífica obra de arquitetura que pode ser apreciada nesta zona. Para chegar a Monsanto pode aproveitar as ciclovias existentes e divertir-se com a trotineta ao longo de cerca de cinco quilómetros.

O bonito Jardim do Campo Grande, um dos maiores espaços verdes que o centro de Lisboa oferece, é o ponto de partida para outro dos percursos fáceis. Este é o trajeto mais curto que propomos e que nos fará chegar de trotineta à agradável zona do Parque das Nações. Se gosta de futebol, sugerimos que faça um ligeiro desvio e visite ou, pelo menos, vá até às imediações do Estádio José Alvalade, “casa” do Sporting Clube de Portugal, um dos maiores clubes do país.

De regresso ao Campo Grande, o Museu Bordalo Pinheiro, tido como o mais divertido de Lisboa, é motivo que justifica mais uma descida da trotineta. Daí siga pela Avenida do Brasil até ao Parque Urbano do Vale do Silêncio, outra zona verde bastante agradável e tranquila, situada na zona dos Olivais. Suba de novo para cima da trotineta e quando chegar à zona do Parque das Nações há muito para ver e visitar, como o apaixonante Oceanário, o Pavilhão do Conhecimento, o maior centro de ciência de Portugal, ou a Torre Vasco da Gama, um dos edifícios mais altos do país. Também não faltam locais para circular tranquilamente junto ao rio e apreciar a Marina. Vá também até à Gare do Oriente e observe a sua arquitetura diferenciadora. Entre os percursos que sugerimos, se lhe der a fome vá até a um dos muitos restaurantes de qualidade e prove a gastronomia portuguesa em que o bacalhau continua a deliciar quem visita o país.