Saiba o que visitar em Foz Côa para umas férias em família inesquecíveis, recheadas de magia e aventura, de arte e de História, em contacto com a Natureza e com o melhor que a região do Douro tem para oferecer. A oferta turística é vasta e diversificada, ou não fosse Vila Nova de Foz Côa o único concelho do país com dois Patrimónios Mundiais: as gravuras paleolíticas do Vale do Côa e o Alto Douro Vinhateiro. O roteiro de Foz Côa que o All About Portugal preparou para si inclui, pois claro, uma visita à maior galeria de arte paleolítica ao ar livre do mundo – à noite ou à luz do dia, de barco ou de jipe, mais ou menos radical, o Museu do Côa tem o programa ideal para si. De resto, não deixe de conhecer as quintas onde, há séculos, se produz o melhor vinho do mundo, desafie os sentidos com os aromas e sabores da região, descubra os mais belos miradouros e surpreenda-se com a Natureza em estado puro.
Parque Arqueológico do Vale do Côa
Um roteiro de Foz Côa tem de incluir a visita a pelo menos um dos principais núcleos de arte rupestre do Vale do Côa, Património da Humanidade desde 1998: Canada do Inferno, Penascosa e Ribeira de Piscos. A experiência andará algures entre uma viagem no tempo e uma aventura ao estilo Indiana Jones - com menos ação, mas muita emoção. Descubra o arqueólogo que há em si e deixe-se impressionar por obras de arte com mais de 20 mil anos. O Parque Arqueológico do Vale do Côa disponibiliza visitas guiadas, em viaturas todo-o-terreno.
Visita noturna à Penascosa
Se à luz do dia as gravuras da Penascosa impressionam, à noite acontece magia! A visita começa com os últimos raios de sol mas não se deixe intimidar – o percurso é curto e fácil. Em cinco rochedos de xisto, desfilam dezenas de imagens: veados, cabras, cavalos e auroques, muitas vezes sobrepostos. O fascinante jogo de luz e sombra criado pelo guia – ou pela lua — não só ajuda a realçar os motivos, afinando-lhes o traço, como a quase dar-lhes vida. Será, com certeza, o ponto alto de umas férias em família inesquecíveis.
Visita de caiaque
E se à arte rupestre e à Natureza deslumbrante, puder juntar uma atividade mais ou menos radical, percorrendo um troço do Rio Côa a bordo de um caiaque? Não precisa de grande técnica, apenas de alguma resistência física – até as crianças são bem-vindas! Faça a viagem sem pressas e observe o "excesso de natureza" em seu redor. No Fariseu, além de um piquenique com degustação de produtos regionais, poderá observar, entre outras figuras, o recém-descoberto auroque com 3,5 metros,a maior gravura do mundo ao ar livre.
Visita de barco
É a mais recente (e ecológica) forma de visitar o Parque Arqueológico do Vale do Côa: a bordo de uma embarcação movida a energia solar e construída apenas com materiais sustentáveis. O barco percorre um troço de 4 quilómetros do Rio Côa, entre o cais da Canada do Inferno e o Sítio do Fariseu. Enquanto se delicia com um copo de vinho e frutos secos da região, descubra a fauna e a flora, aviste as amendoeiras, as oliveiras e as vinhas, os pombais e os moinhos. O passeio não inclui visita aos núcleos de arte rupestre, mas é um excelente programa para as suas férias em família.
Museu do Côa
O fascínio da visita ao Museu do Côa começa ainda no exterior. O edifício, camuflado no topo de uma colina virado para a foz do Rio Côa, é um miradouro privilegiado para dois patrimónios mundiais: as gravuras paleolíticas e o Douro Vinhateiro. No interior, o deslumbre não é menor. A sua exposição permanente serve de guião de viagem, fornecendo explicações sobre as mais de 1200 rochas gravadas em cerca de 80 sítios e recordando antigas batalhas contra a construção de uma barragem que as teria afundado para sempre. Para fechar com chave de ouro, renda-se aos sabores da riquíssima gastronomia duriense no Restaurante Côa Museu.
Museu do Sítio de Ervamoira
Em pleno coração do Parque Arqueológico do Vale do Côa, por entre amendoeiras e vinhas plantadas na vertical, a Quinta de Ervamoira é o local perfeito para saborear alguns dos melhores vinhos, harmonizados com as mais sublimes iguarias gastronómicas da região do Douro. Pode ainda visitar o pequeno museu dedicado à história da quinta e dos seus vinhos. O Museu do Côa tem programas de visita conjunta à quinta e às gravuras de Ribeira de Piscos, o núcleo de mais difícil acesso do Parque.
Quinta do Vesúvio
As quintas são, sem dúvida, uma atração a visitar em Foz Côa. A Quinta do Vesúvio é uma das maiores e mais belas quintas do Douro e, ainda, um segredo bem guardado. Deve o seu inabalável prestígio a Dona Antónia Adelaide Ferreira, figura lendária da História do Vinho do Porto. De portas fechadas ao público durante vários anos, é agora possível entrar no Vesúvio e desvendar-lhe os encantos. O programa inclui um passeio de jipe pelas vinhas, uma visita à mítica adega, prova de vinhos e um almoço na varanda da casa senhorial. Também a vista é de tirar o fôlego!
Estação Arqueológica do Prazo
Quando falamos do que visitar em Foz Côa, não deve ficar confinado às fronteiras do concelho. Parta à descoberta das localidades vizinhas, igualmente repletas de encantos e histórias por desvendar. Sabia, por exemplo, que em Freixo de Numão existem umas ruínas conhecidas como o “Machu Picchu português”? Não se iluda, trata-se apenas de uma pouco ambiciosa miniatura da cidade perdida dos Incas, mas vale uma visita atenta. Observe os vestígios das várias civilizações que por ali passaram, desde o período neolítico até à ocupação romana e à Idade Média.
Cavalo de Mazouco
Fica no concelho de Freixo de Espada à Cinta e obriga a uma viagem de cerca de uma hora, mas vale cada minuto! O Cavalo de Mazouco foi a primeira gravura rupestre descoberta na região, corria o ano de 1981. Parta à aventura e desça a pequena e acidentada encosta que o vai levar até bem perto da Ribeira de Albagueira, que ali se funde com o Douro. Num painel de xisto que resistiu ao tempo, o pequeno cavalo, com apenas 62 centímetros, parece suspenso no ar, pronto a saltar. Acredite: acontece magia por ali.
Miradouro do Carrascalinho
Não faltam miradouros na região do Douro e poucos desiludem. Mas, claro, há alguns mais apaixonantes do que outros. Em Freixo de Espada à Cinta, o Miradouro do Carrascalinho é um deles. O último quilómetro é em terra batida, pelo que o melhor é percorrê-lo a pé. Lá chegado, surpreenda-se com a Natureza avassaladora. Ali o Rio Douro corre bem estreito entre arribas profundas e intocadas pela mão do Homem. Não precisa de muita sorte para avistar águias a planar de asas bem abertas. Aprecie o silêncio e tire muitas fotos. Vai querer recordar o momento para sempre.
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