A Tertúlia da Quinta, em Almeirim, fica ao lado da praça de touros e é uma casa que se assume como o sítio ideal para experimentar os sabores do Ribatejo, acompanhados por vinhos da região de grande qualidade. No forno assam o toiro, uma especialidade da casa, mas muito mais há para provar com tempo e apetite. Comece com uns queijinhos aromatizados na frigideira, passe pelas bochechas de porco à moda do frade e experimente as barriguitas de leitão. Claro que não pode fugir à sopa da pedra.

Restaurante integrado numa unidade de turismo, onde os proprietários dos vinhos Quinta da Pacheca transformaram os antigos armazéns e lagares num moderno e bonito hotel, com uma sala de jantar com vista privilegiada para o rio. Pratos como o bacalhau com broa, perna de cabrito, arroz de polvo com filetes e a posta mirandesa são algumas das especialidades.

Ocupa uma casa rural, bem recuperada, com uma decoração simples e modesta, a lembrar outros tempos quando trabalhar a terra era a única atividade dos ilhéus. São especializados em comida típica, apenas da Ilha terceira, que preparam com esmero e em doses generosas. Do forno à vista da sala sai um pão acabado de fazer, perfeito para barrar com a manteiga da ilha. Prove a seguir a caldeirada de congro, o bife de alcatra Terceirense, os torresmos de cabinho e o doce de vinagre. Se não quiser arriscar ficará satisfeito com um doce tradicional, de nome de Dona Amélia.

Com uma localização privilegiada junto ao rio Alva, o restaurante Vimierio, em Penacova, localiza-se na praia fluvial com o mesmo nome, perto de uma queda de água que é cenário de televisão. Com duas salas distintas, uma delas completamente envidraçada com vista para o rio, dedica-se a confecionar pratos com sabor caseiro, onde apenas são usados os melhores produtos que a terra consegue fornecer. É o destino ideal de quem procura a típica chanfana, ou o bucho, e na época de inverno de quem aprecia arroz de míscaros. Ao fim de semana há sempre cabrito assado com arroz de miúdos.

O restaurante Vindouro, em Lamego, é um espaço para usufruir do prazer à mesa. O convite é para se sentar confortavelmente à mesa e desfrutar - do espaço, com decoração sóbria e sofisticada, e da refeição, onde a aposta recai claramente sobre os sabores regionais tradicionais, com um toque contemporâneo. Uma das salas, privada e dedicada ao Teatro Ribeiro Conceição, convida a longas conversas acompanhadas de um cigarro ou charuto, já que aqui é permitido fumar.

Instalado em caves do século XIX, está rodeado de séculos de história, imponentes barricas de vinho do Porto e goza de uma soberba vista sobre o rio e a cidade, o que só por si já justifica uma visita. Depois há o bom gosto das salas e do Wine Bar, contemporâneos e amplos, onde não falta ligação ao passado em alfaias e objetos antigos. O serviço é impecável e, sempre em relação estreita com o vinho, a carta oferece um leque variado de referências. Por último, o melhor: celebrando a gastronomia portuguesa, aposta também em sabores de várias latitudes. Chamuças …

Foi no início dos anos 90 que Manuela Soares avistou uma antiga casa de pescadores e decidiu, além de recuperar o espaço, transformá-lo num restaurante. Agora é uma casa de peixe, marisco e de muita coisa boa. A decoração mantém vários elementos da época, criando um ambiente descontraído e hospitaleiro. Quando chegar, inicie a sua refeição com o camarão frito com laranjas ou choco frito com amêijoas, depois vá para o esparguete com camarão e amêijoas ou um peixe grelhado. Se preferir carne, tem o bife à Àbabuja ou a cataplana de carne. Termine com a delícia de chocolate.

O Bairro do Avillez é um espaço composto por vários conceitos de restauração: na Mercearia há queijos e enchidos, vinhos e livros; na Taberna petiscos para quem gosta de comer bem; no Páteo destaca-se o peixe e o marisco; o Beco convida a um jantar-espectáculo e a Cantina Peruana propõe sabores do Peru antecedidos por deliciosos cocktails no Pisco Bar Lisboa.

O restaurante Taberna da Maré, em Portimão, com alvará de taberna desde 1946, afirma-se como um dos mais antigos da zona. Foi espaço de copos e conversas da comunidade piscatória, mantendo ainda hoje essa alma, preservada através de garrafas e garrafões, mesas e bancos corridos em madeira, o balcão em granito, lanternas e candeeiros a petróleo. Da cozinha, genuína e tradicional, saem petiscos confecionados com ancestral saber e sabor, dos quais se destacam os já famosos carapaus alimados. Nos pratos substanciais, o arroz de lingueirão, a açorda de marisco, as cataplanas, a feijoada de buzinas e as lulinhas à algarvia …

A Taberna do Alfaiate, no Cartaxo, é um restaurante acolhedor que nasceu numa antiga adega, decorado a preceito e empenhado em servir pratos emblemáticos da cozinha regional. Com uma carta de vinhos circunscrita ao Ribatejo, apresenta uma ementa extensa, com destaque para as entradas. Aliás, convém não ceder à tentação de provar todas, uma vez que pouco espaço ficará para os pratos principais. Há roleira assada, favinhas com enchidos, tiborna de bacalhau, fritada de enchidos de porco preto e ainda queijos e enchidos da região. A ementa continua com cabrito assado no forno, pato com mel e naco de boi …

O restaurante Taberna do Carró, em Torre de Moncorvo, fica mesmo no centro da localidade e nasceu de uma jantarada de amigos que acaram ser preciso um espaço destes na região. Das palavras aos atos foi um instante e hoje esta casa é já uma referência no norte de Portugal. A gastronomia genuína e sem artifícios é uma das razões de tanto sucesso, evidentes mal os pratos chegam à mesa. Há sempre toda a carne mirandesa, com os mais variados acompanhamentos, como as migas de espargos bravos, as migas de tomate e os grelos à pobre. Na altura deles, há …

Jorge Liberato recuperou a tradição de outros tempos e sentou-a à mesa, numa taberna sem manias, onde o encontro de gerações se faz entre bons petiscos e vinhos alentejanos, geralmente, com música a acompanhar. O espaço é pequeno, mas como casa de família que é, cabe sempre mais um, nem que seja de pé e de copo na mão, enquanto se espera que vague uma cadeira. Espere bons enchidos e queijos locais e uma seleção de pratos da região.

Para os mais distraídos, fica a informação que, desde 2011, existe uma segunda Taberna do Quinzena, instalada no Santarém Hotel. Para quem procura o ambiente de sempre, nada melhor do que se instalar numa das mesas corridas da “velha” tasca. Tudo se mantém igual, sem cedências: toalhas aos quadrados, cartazes de corridas de touros e o convívio de sempre. Para comer, as opções vão desde o chouriço assado, para entreter, até às favas com enchidos ou o touro bravo estufado. Nos peixes, o bacalhau na grelha é boa escolha. O vinho, em honra da tradição, é servido em pequenos copos …

O chef Vítor Sobral recriou não só o conceito de tasca moderna como também uma cozinha de petiscos sofisticada, elevando a palavra “tasca” ao patamar de excelência. Ao entrar neste espaço, vai dar de caras, primeiro, com os chefs e a sua cozinha e só depois de atravessar o hall, com algumas mesas de pé alto, é que entra na sala de refeições. Ambiente descontraído, no entanto elegante, onde as autênticas peças de arte representam-se em pratos que retratam a cozinha portuguesa com produtos de qualidade e competência na confeção. Serviço de vinhos a bons preços.

O Vale Abraão promete uma cozinha de sensações, uma aliança entre as tradições regionais e novas formas de fazer, ingredientes locais e biológicos e grande proximidade aos comensais. Com o chefe Paulo Matos ao comando do espaço, um antigo forno a lenha e outro de pão e um balcão a dar para a cozinha, em que os clientes podem ver todo o processo de confeção das refeições, este é um espaço aberto às pessoas e às ideias.

Muitas marés e alguns marinheiros já passaram por esta praia e são, talvez, as melhores testemunhas da qualidade da cozinha que se pratica há já várias gerações. As largas vidraças tornam o lugar convidativo. A ajudar, uma boa carta de vinhos. Aqui pode e deve degustar sem pressas um belo peixe da costa grelhado ou, por encomenda, mergulhado em perfumada caldeirada. Mas antes prove o saboroso marisco, bem representado na ementa. Amêijoa, camarão e mexilhão estão entre as espécies que chegam diariamente e, na época, nunca faltam os tão apreciados percebes.

É uma das mais bonitas e históricas salas de restaurante do país, pois está integrada na Pousada de Santa Maria do Bouro, antigo mosteiro do século XII da Ordem de Cister. Iguarias regionais como o bacalhau à narcisa, as papas de sarrabulho e os rojões à minhota são um bom ponto de partida para uma carta que também vale pela diferença: atente nas gambas gigantes de Moçambique grelhadas com arroz basmati e salada de folhas verdes, entre outras.

Perfeita a localização deste espaço, na avenida marginal com a brisa a refrescar a esplanada e a embalar quer o almoço quer o jantar. Nos dias mais frios a sala permite ver-se à mesma a ondulação, como se fosse um porto de abrigo, com os aromas da cozinha a compensar o estar dentro de portas. Aqui trata-se o peixe com respeito e dedicação, esteja Hélder Chagas ao comando ou a filha Rita, herdeira da paixão e do talento do pai. A sopa rica de peixes e mariscos é uma verdadeira ode ao mar e um prato que não deixa ninguém …