Um roteiro doce de Páscoa: folares, amêndoas artesanais e pão de ló
O All About Portugal selecionou 15 espaços muito populares na Páscoa graças à confeção e venda de folares, amêndoas artesanais e pão de ló, entre outros produtos típicos.
A Páscoa também se "come" à mesa, com certeza. De norte a sul de Portugal, as casas ganham novas cores e sabores com os tradicionais folares (de ovos e de carne, entre outros), amêndoas e pão de ló, com variações – de popularidade e de ingredientes – de região para região. As lojas vestem-se a rigor e há espaços ilustres, menos mainstream, que atingem o auge anual de procura, com a venda de folares e até amêndoas artesanais. Prepare a lista de compras e faça companhia ao All About Portugal neste roteiro gastronómico, e bem doce, pelo melhor que a Páscoa oferece ao paladar.
Pastelaria Maria - Chaves
O roteiro de Páscoa começa "encostado" a Espanha, em Chaves. Seja Páscoa ou não, o Folar não pode faltar à mesa em Trás-os-Montes. O produto da localidade é tão famoso que o Folar de Carnes é muitas vezes denominado Folar de Chaves. Um dos espaços onde poderá comprá-lo é na Pastelaria Maria, com mais de 50 anos de história, destacada na rua pela sua fachada colorida. Ali, a carne é rainha também nos pastéis, nas empadas e na tradicional bola de carne.
Casa do Folar Limiano - Ponte de Lima
Continuamos nos salgados, agora em Ponte de Lima. A Casa do Folar Limiano tem feito sucesso com o seu Folar, que alia uma massa fofa e leve à acidez do vinho verde e dos enchidos da região. Trata-se de um projeto do Chef Vítor Lima, que ousou reinventar uma das iguarias mais populares do norte de Portugal, combinando a receita com alguns dos tesouros gastronómicos das proximidades. Além do Folar, a Casa também é conhecida pelos seus bombons limianos.
Pão de Ló de Margaride - Felgueiras
Nem sempre associado a doce da Páscoa, o Pão de Ló traz o doce para colmatar o salgado do Folar. Descendo até Felgueiras, encontra a Fábrica de Pão de Ló de Margaride, muito conhecida pela sua produção de Pão de Ló e cavacas. Esta é uma casa com muita história e tradição, já que a sua origem remonta ao século XVIII e, embora tenha passado pelas mudanças próprias do tempo, ainda aposta muito na confeção artesanal.
Casa do Bolinhol, Kibom - Vizela
Se falarmos de casas com história, também não pode faltar nessa lista a Casa do Bolinhol - Kibom, do concelho vizinho de Vizela. Em vez do formato redondo habitual do Pão de Ló, este bolo típico assume uma forma rectangular, coberto com calda de açúcar. Um verdadeiro tesouro gastronómico e cultural da localidade, o Bolinhol faz as delícias de locais e visitantes, sendo uma das principais "bandeiras" de Vizela em Portugal e no estrangeiro.
Chocolataria Equador - Porto
As amêndoas tardaram, mas chegaram à conversa. A primeira paragem é na Chocolataria Equador, que tem lojas no Porto e em Lisboa. A confeção é artesanal e os doces fazem as delícias da clientela o ano inteiro, seja em tabletes variadas, amêndoas multicolores e, nesta altura, até ovos da Páscoa. As receitas são ousadas e há misturas de chocolate com acompanhamentos improváveis, como é o caso do wasabi. Para quem prefira combinações menos arriscadas, há muitas opções à disposição.
Arte, Sabor e Douro - Torre de Moncorvo
No que ao roteiro das amêndoas artesanais diz respeito, não há como escapar à tradicional amêndoa coberta de Moncorvo. O produto é já um verdadeiro ex-líbris gastronómico da região e marca presença frequentemente em várias feiras nacionais. A Arte, Sabor e Douro é uma das principais promotoras desta amêndoa, bem como do vinho da localidade, apostando ainda em doces variados, como chocolate e compotas, e licores. Lá poderá também adquirir enchidos e outros produtos nortenhos.
Sabores do Castelo - Castelo Rodrigo
Iniciando a descida do Douro Superior, não será difícil encontrar lojas, sobretudo em aldeias históricas, que vendam amêndoas artesanais. É o que acontece em Castelo Rodrigo, já no distrito da Guarda. Um dos espaços mais populares é o Sabores do Castelo, projeto de um francês que tinha por hábito passar férias nesta pacata localidade e que abriu esta loja e uma casa de chá, o Páteo do Castelo, em 2001. As amêndoas artesanais têm sabores variados, inclusivamente caril e alfazema.
Pão de Ló de Ovar Cruz
Também muito doce é o popular Pão de Ló de Ovar, tão macio que se come habitualmente com uma colher. Como tal, quando se visita Ovar não pode faltar uma paragem para pequeno-almoço ou lanche numa das pastelarias locais. Uma das mais populares é a Pão de Ló de Ovar Cruz, muito ativa também na divulgação desta imagem de marca culinária. Caso tenha curiosidade em saber mais sobre este produto, também pode participar numa visita guiada ao espaço (mínimo de 10 pessoas).
Pastelaria Alcôa - Alcobaça
Continuamos a descer até Alcobaça, muito conhecida pela doçaria conventual. Na montra da Pastelaria Alcôa, que também abriu portas em Lisboa, será possível descobrir amêndoas artesanais e ovos de chocolate variados, elementos incontornáveis de uma Páscoa doce. Parte das receitas do estabelecimento tradicional têm uma ligação íntima à história da localidade, remontando até há cinco séculos. Muito popular em Portugal e presença regular em programas e notícias, já teve destaque além-fronteiras.
Pão de Ló de Alfeizerão - Alcobaça
Entre os destaques incontornáveis da gastronomia portuguesa, encontra-se ainda o famoso Pão de Ló de Alfeizerão, nos arredores de Alcobaça. A Casa do Pão de Ló da localidade é conhecida pela iguaria e pelos doces conventuais, mas também pela reinvenção do Pão de Ló do Mosteiro de Coz. Este bolo macio terá feito parte da história de Portugal, fazendo as delícias de locais e marinheiros. Além deste doce irresistível, é possível comprar outras especialidades da região.
Bombondrice - Caldas da Rainha
Como não podia deixar de ser, a Páscoa é o ponto alto do ano para a Bombondrice, nas Caldas da Rainha, a par com o Natal. O estabelecimento "veste-se" a rigor para as festividades, sendo possível escolher entre uma variedade considerável de amêndoas artesanais, com sabores como Tiramisú e Straciatella, entre outros. Também os ovos, que marcam a época, têm formatos variados, desde Nougat aos "Ovos da Quinta", que se parecem com os de campo.
Brigadeirando - Lisboa
Nem só de tradição vive a Páscoa, é certo, pelo que não é de estranhar quando alguns espaços arriscam novas receitas. No Brigadeirando, situado na Lx Factory, a Páscoa traz novidades bem saborosas. O espaço da capital aposta em ovos recheados com um "twist": o ovo de chocolate vem recheado com um bolo brigadeiro, comido à colher. Consoante a gula, pode optar por um ovo mais pequeno ou por um de grandes dimensões, com recheio de framboesa e brownie, entre outros. Consegue resistir?
Pão do Rogil - Aljezur
Mais a sul, na Costa Vicentina, encontra o Pão do Rogil, uma padaria artesanal que aposta forte na gastronomia da região. O Pão do Rogil, que lhe dá nome, é um produto incontornável, podendo ser de aveia, alfarroba e até batata-doce, entre outras opções. Na Páscoa, o espaço puxa os galões da tradição e não falta o popular Folar, feito com base numa receita antiga que, apesar das influências dos tempos modernos, mantém a essência do original.
Confeitaria Alengarve - Faro
Se pensava que o Folar já tinha assumido todas as suas variações, desengane-se. No Algarve, este assume um formato mais achatado e mais doce, sendo uma tentação culinária o ano inteiro. A Confeitaria Alengarve, em Faro, é já um ponto de paragem obrigatória para quem aprecia a doçaria algarvia. A confeção do Folar intensifica-se na Páscoa, devido à procura, sendo que o estabelecimento também é muito conhecido por causa do afamado Pastel de Faro.
Folar de Olhão
Outro local imperdível para os amantes do Folar algarvio é uma loja mais discreta em Olhão. O espaço Folar de Olhão - João Mendes & Rita é muito procurado por olhanenses e transeuntes, que não resistem à massa tenra e adocicada deste ex-líbris da região. Com 40 anos de história, trata-se de uma empresa familiar inspirada pela avó do atual dono que, na Páscoa, fazia sucesso com o seu Folar. Já em 1991, e devido ao sucesso desta iguaria, a confeção do Folar foi alargada ao ano inteiro.
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