Cidades e locais portugueses Património da Humanidade

Quando em 2001 a UNESCO classificou o seu Centro Histórico como Património Cultural da Humanidade, já Guimarães ocupava lugar ímpar na História de Portugal. Terá sido ali, afinal, num então pequeno aglomerado medieval protegido por um modesto castelo, que nasceu, em 1109, o primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques. Não deixe de visitar o Castelo e o Paço dos Duques de Bragança e apaixone-se pela atmosfera única da cidade, misto de história e contemporaneidade. 

O casario colorido que se estende em cascata até ao Douro, a ponte D. Luís, as caves de vinho do Porto e os barcos rabelos, a muralha Fernandina (ou o pouco que dela resta), a Sé, o Palácio da Bolsa, a Estação de São Bento ou a Torre dos Clérigos são algumas das atrações que vai encontrar no Centro Histórico do Porto que, em 1996, a UNESCO distinguiu como Património Cultural da Humanidade. É o ponto de partida obrigatório para quem visita a Invicta. Preparado para se apaixonar?

As paisagens, as gentes e os sabores do Alto Douro Vinhateiro parecem cravar-se na memória de quem o visita. Exemplar único e fascinante do engenho e do trabalho do Homem no difícil equilíbrio com a Natureza, mereceu em 2001 o reconhecimento da UNESCO como Património Cultural da Humanidade. Deleite-se com a paisagem, feita de encostas íngremes, vinhas coloridas desenhadas a regra e esquadro, e quintas e palacetes onde, desde há séculos, se produz o melhor Vinho do Porto do mundo. 

Há 20 mil anos, nas margens do Rio Côa, milhares de rochas de xisto serviram de tela à criatividade dos nossos antepassados do Paleolítico. As gravuras foram descobertas durante as obras de construção de uma barragem que não chegou a ser. Perante tamanho tesouro, de valor incalculável, a UNESCO apressou-se a classificar, em 1998, o complexo de arte rupestre do Vale do Côa como Património da Humanidade. Entretanto, em 2010, nasceu um Museu que é de visita absolutamente obrigatória.

Cenário digno de um qualquer conto de fadas, resultado da simbiose perfeita entre a natureza e a mão do Homem, coube a Sintra inaugurar, em 1995, a categoria “Paisagem Cultural” da UNESCO. Monumentos como o Palácio da Pena, o Palácio Nacional ou a Quinta da Regaleira, erguidos no meio de montes, jardins exuberantes e florestas de encantar, fazem do “Monte da Lua” o mais romântico e mágico dos destinos. Adoce o passeio com um Travesseiro ou um Queijada, doces típicos da região.

Localizadas a escassos quilómetros de Badajoz (Espanha), foram palco de batalhas decisivas nas guerras de fronteira que se seguiram à Restauração da Independência, em 1640, e são, desde 2012, Património Mundial. As muralhas abaluartadas de Elvas, facilmente reconhecidas pelo curioso formato de estrela, constituem a maior e melhor conservada fortaleza abaluartada do mundo. No seu interior, deslumbre-se com o charme do Centro Histórico e a imponência dos edifícios militares e religiosos.

Um passeio pelo Centro Histórico de Évora é um convite irrecusável para viajar a um passado longínquo e fascinante. Dentro das muralhas setecentistas, a cidade-museu tem sabido resistir à passagem do tempo, conservando todo o seu charme e a riqueza do seu património. Visite-a a pé, percorrendo as ruelas estreitas e sempre com atenção aos pormenores que contam histórias de muitos séculos. Deslumbre-se com a Praça do Giraldo, o imponente Templo Romano ou a “arrepiante” Capela dos Ossos.

É um dos últimos bosques ancestrais do mundo, cobrindo 20 por cento da superfície da ilha da Madeira. Aventure-se numa caminhada pelas veredas e levadas que cruzam a Floresta Laurissilva, Património Natural da Humanidade desde 1999. Surpreenda-se com as centenas de tons de verde que cobrem escarpas e vales profundos, descubra quedas de água e lagoas espetaculares, encontre animais nunca vistos e tente adivinhar a idade das árvores seculares. 

Bebeu da influência das gentes e culturas diversas que por ali foram passando em trânsito para outras paragens. O encantador emaranhado de ruas e ruelas do Centro Histórico de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, é o reflexo desse legado universal, espelhado na arquitetura dos edifícios, nos monumentos, praças e jardins. Património Mundial desde 1983, soube resistir à passagem do tempo e à força implacável da natureza. A Fortaleza de São Sebastião, a Sé Catedral ou o Palácio dos Capitães-Generais são autênticos tesouros a descobrir.

São tão fascinantes os vinhos do Pico como as vinhas onde são produzidos. Nesta ilha do Arquipélago dos Açores, onde a natureza não é meiga, as videiras são plantadas no chão de lava, em pequenos retângulos separados entre si por muros de pedra que as protegem do vento e das marés. O resultado é uma extraordinária manta de retalhos pintada a verde e negro, testemunho de práticas ancestrais que subsistem até hoje, ainda que menos ativas. É Património da Humanidade desde 2004.