Música no Porto: 10 paragens obrigatórias para melómanos

Discreto aos olhos distraídos, e instalado no 4.º andar de um dos edifícios de uma das ruas emblemáticas da cidade, está um dos espaços mais trendy do Porto… e obrigatório para quem gosta de música. Por aqui tem direito a um pouco de tudo: concertos, exposições, festas, cocktails e até um restaurante com um menu de comida italiana, com esplanada e um agradável ambiente cheio de gente bonita. É o sítio perfeito para começar a noite.

Literalmente em frente, e também discreto, encontra outro espaço obrigatório e muito (bem) frequentado por amantes da música e das artes, no geral. Com um ambiente intimista e uma programação eclética e alternativa, em 1971 abria como sala de cinema do Coliseu do Porto e, em 2004, ganhou nova vida: foi adaptado como sala de espetáculos, bar e discoteca. Em algumas noites é bem provável que encontre algum dos membros dos Sensible Soccers a passar música ou a dar um pezinho de dança. Aproveite e peça um autógrafo!

Os varões, espelhos e tetos e sofás pintados de vermelho delatam a “outra vida” deste espaço, que em tempos foi um dos mais conhecidos cabarets e clubes de striptease da cidade. Dessa época mantém-se o glamour, o ambiente intimista e uma decoração que nos faz viajar até às décadas de 70 e 80, que servem de casa a uma programação musical internacional e variada. É um dos pontos obrigatórios na noite portuense e um dos melhores, e mais carismáticos, locais para acabar uma noite a dançar.

Gosta de música e acaba de chegar de comboio à cidade? Este bar está perto da Estação de São Bento e tem 200 metros quadrados de decoração que evocam os tempos da Revolução Industrial. Com um terraço com esplêndidas vistas para a cidade, com a Torre dos Clérigo como cenários de fundo, é um espaço para quem gosta de ouvir música ao vivo e beber coquetéis de autor (e de comboios, claro!). A programação inclui espetáculos, concertos e DJ sets a várias horas do dia.

Próxima estação: o Gare Club, para acabar a noite em grande. Aqui a cena alternativa underground é celebrada intensamente, com os melhores DJ’s do Drum'n'bass, da House Music e da música Techno a encherem a programação.  O espaço não é grande, mas promete as noites mais loucas (e alternativas) da Invicta, para dançar até ao amanhecer. É um dos melhores clubes da cidade e uma referência na cena clubbing europeia.

Gosta de música até a dormir? Reserve o quarto com o nome da sua canção preferida e solicite um gira-discos para a estadia. Mas atenção, o M.Ou.Co. não é apenas um hotel: é uma sala de espetáculos, é um bar, é uma musicoteca, é um restaurante e é uma galeria. Como a própria música, é feito de diferentes partes que o tornam especial e único. Quer seja um artista, um turista criativo ou está, apenas, à procura de uma nova experiência, vai sentir-se em casa e a música será a sua principal companhia.

Situado em Miguel Bombarda, um dos bairros mais trendy do Porto, este espaço é mais do que uma loja de música. Uma visita à Matéria Prima pode revelar-se uma verdadeira descoberta de sonoridades e nomes da música menos mainstream. Há cerca de 20 anos que, este sítio, é um templo da Invicta para aficionados da música alternativa. Com as propostas musicais mais inesperadas, disponível em diversos formatos (vinil, CD, cassete), tem, também uma excelente seleção de livros, revistas, DVDs e zines.

Outra meca para quem procura os sítios obrigatórios dedicados à música no Porto é a Fonoteca Municipal, um “espaço público de apreciação musical”, situado na zona de Campanhã. Nas suas estantes, tem cerca de 35 mil discos de vinil prontos para serem ouvidos, em vários pontos de escuta. São, em grande parte, da produção discográfica em Portugal, nacional e internacional, e inclui ainda poesia e discursos políticos, de 1950 à atualidade.

A música no Porto não seria a mesma sem este espaço, onde vários artistas ligados à música experimental, improvisada e electroacústica cruzam ideias e desenvolvem os seus trabalhos. O espaço físico oferece condições técnicas e humanas que possibilitam a criação e a reflexão. Para além de uma programação musical recorrente, da sua agenda fazem parte residências artísticas e programas educativos e de investigação.

Nos anos 80 nasceu como Centro Comercial da cidade e, o seu declínio, teve como contraponto a crescente importância do espaço como sala de ensaios e estúdio de gravação, de várias bandas da cidade e arredores. Dizem até que é a verdadeira casa da música no Porto, já que das suas mais de 100 salas saem todo o género de música desde o jazz ao heavy metal, do hip-hop à música popular. É provável que encontre, por aqui, alguns nomes incontornáveis da cena musical portuense, como Manel Cruz (cantor a solo e membro dos Ornatos Violeta).