O tempo é escasso, o orçamento é curto e, para já, ainda não tem o dom da ubiquidade. Se não se consegue decidir entre passar uns dias numa grande cidade e coordenar o seu ritmo biológico com o da mãe Natureza, temos boas notícias: há 20 aldeias perto do Porto que, para além de serem encantadoras, estão (na pior das hipóteses) a 2 horas da Invicta.
Descubra estas pequenas maravilhas, por onde o tempo parece não ter passado, e relaxe da azáfama dos dias. Depois de uns dias intensos na segunda maior cidade de Portugal, onde a oferta para o visitante parece ilimitada, ceda aos encantos de uma das 20 aldeias perto do Porto e faça uma viagem no tempo. Fique a conhecer lendas que não vêm nos livros de História. Observe espécies de fauna e flora no seu habitat natural. Aproveite para fazer caminhadas, ou outras atividades, com paisagens incríveis como pano de fundo. Deixe-se encantar por casas típicas construídas em granito, xisto ou ardósia. Imagine como se vivia no passado e deixe-se envolver pelo bem-receber das populações locais. E, claro, não se esqueça de provar os pratos mais típicos e genuínos do norte de Portugal.
O All About Portugal sugere-lhe estas 20 aldeias perto do Porto, explore-as a ritmo lento e sem moderação!
Aguiar de Sousa - Senhora do Salto (00h30 - 28km)
Espaço com vários pontos de interesse, de entre os quais se destacam a Boca do Inferno, uma gruta, a Capela da Senhora do Salto e os vestígios de uma ponte de acesso às minas locais.
Quintandona (00h40 - 35km)
Perto do Porto, no concelho de Penafiel, esta aldeia está impecavelmente preservada e mantém uma forte componente cultural e recreativa. Tem ainda uma oferta de alojamentos de turismo rural recentemente recuperados, que tiveram o mérito de manter a traça rústica que caracteriza as casas de Quintandona, construídas com granito, xisto e lousã.
Adaúfe (00h50 - 63km)
Pequena praia fluvial com uma ampla zona relvada ao redor, onde poderá apanhar banhos de sol, fazer piqueniques e praticar alguns desportos.
Trebilhadouro (00h50 - 62km)
Localizada nas encostas da Serra da Freita, esta castiça aldeia está atualmente praticamente desabitada, mas totalmente recuperada, oferecendo casas de turismo para férias.
Gondarém (00h50 - 48km)
Pequeno lugar rústico constituído por ruas e casas típicas de construção antiga em pedra. É um local muito pitoresco, merecendo uma visita sem pressas.
Cabroelo (00h50 - 40km)
Aldeia rural preservada, inserida no meio natural e paisagístico da Serra da Boneca e do vale do Rio Mau. Destaque para as construções em granito, os moinhos, as azenhas e as fachadas de traça recuperadas.
Ovelhinha (00h55 - 63km)
A freguesia de Gondar é atravessada por dois rios afluentes do Tâmega: Fornelo e Ovelha. O povoamento de Ovelhinha, situado na margem de um desses rios, é caracterizado pela sua praia fluvial (praia de Ovelhinha) e pela ponte românica que atravessa o rio. Antiga sede do concelho de Gestaçô, hoje a aldeia está reduzida a pouco mais de uma centena de habitantes. A sua história está intimamente ligada à invasão francesa do início do século XIX, altura em que importantes casas (solares) terão sido incendiadas pelo povo invasor.
Estorãos (1h00 - 85km)
Localizada por baixo da ponte Romana de Estorãos, com vistas para a Serra D´Arga, é um local de grande tranquilidade, com sanitários, parque de merendas, acesso de rampa para a água e um passadiço que atravessa o rio.
Agra (1h20 - 107km)
Aldeia com uma forte identidade rural, rodeada por diversos recantos paisagísticos de grande beleza. Os habitantes dedicam-se, na sua maioria, à atividade agropastoril, ainda regida pelos ritmos naturais, luz do dia e estações do ano. As suas casas em granito conferem-lhe uma atmosfera tradicional. Agra é conhecida por ser o berço das tradicionais mantas de burel.
Rio de Frades (1h20 - 72km)
Esta castiça aldeia, localizada na Serra da Freita, é conhecida pelas suas minas de volfrâmio e pela bela cascata de águas cristalinas.
Soajo (1h30 - 120km)
Esta é uma das maiores concentrações de espigueiros de Portugal, com construções todas em pedra. Ao todo são 24 espigueiros de tipo galaico-minhoto, sendo o mais antigo do ano de 1782. É possível ver o caráter sagrado dado ao local, devido às cruzes no topo dos espigueiros para, segundo as gentes locais, proteção divina do que lá é guardado, muitas vezes o único meio de sobrevivência comunitária.
Lindoso (1h30 - 125km)
Os espigueiros do Lindoso são do tipo estreito e de paredes aprumadas. Concentram-se em torno de uma única eira, retangular, revelando a importância do trabalho coletivo próprio das comunidades de montanha.
Lamas de Olo (1h30 - 115km)
Aglomerado rústico e antigo formado por casas de xisto e colmo. Seguindo a tradição local, o piso térreo das habitações continua a ser utilizado como "loja" para animais. Destacam-se, do património regional, moinhos de água em granito, canastros ou espigueiros, eiras totalmente em granito e fontanários típicos com os tradicionais rebordos para o gado. Região com abundantes vestígios arqueológicos. Os habitantes de Lamas de Olo dedicam-se, na sua maioria, à agricultura e pastorícia.
Sistelo (1h30 - 123km)
A castiça aldeia de Sistelo localiza-se no Parque Nacional da Peneda-Gêres, junto à nascente do rio Vez. Sendo conhecida pelas suas paisagens em socalcos, ganhou o epíteto de "tibete português". Encontra-se bem preservada, tendo sido recuperadas as casas de granito, os espigueiros e os lavadouros.
Aldeia de Ucanha (1h30 - 135km)
Aldeia localizada entre os serpenteios do Rio Varosa, foi vila-sede do concelho até ao século XIX, altura das reformas liberais. Este aglomerado ficava situado nos limites dos coutos do Mosteiro Cisterciense de Salzedas. O conjunto de Torre e ponte, classificado como Monumento Nacional, é considerado o mais completo exemplo de ponte medieval com torre de proteção e portagem.
Drave (1h45 - 90km)
Aldeia típica com casario de xisto coberto a lousa, bem preservado. Apresenta culturas em socalcos, num cenário deslumbrante que lhe valeu o epíteto "Aldeia Mágica".
Castro Laboreiro (2h00 - 150km)
Antiga fortificação medieval localizada a 1033 metros de altitude. Atualmente quase em ruínas, conserva um recinto delimitado por panos de muralhas e duas portas. Destaca-se a Porta do Sapo. No local da primitiva fortificação roqueira existem vestígios de ocupações pré-históricas e da Idade do Ferro.
Branda da Aveleira (2h00 - 145km)
A branda é o local onde se passa o tempo no verão, altura do ano em que as condições atmosféricas são mais "brandas", por oposição ao que sucede durante o inverno, em que os pastores regressam às suas casas na aldeia. Assim, durante os meses quentes as altitudes mais baixas ficam disponíveis para o cultivo do milho e do feijão. A tradição dos brandeiros esteve em risco durante os anos 60 e 70, altura de maior emigração. Mais tarde, muitos regressaram a Gave, voltando à Branda.
Pitões das Júnias (2h00 - 155km)
Nesta tradicional aldeia das Terra do Barroso ainda é possível observar típicas choupanas cobertas de colmo. Do património cultural destacam-se a igreja e as ruínas de convento beneditino de Santa Maria, monumento nacional, cuja existência remonta, possivelmente, ao século IX. Deste conjunto arquitetónico subsiste o pórtico românico da extinta igreja anexa ao convento. Nas imediações de Pitões de Júnias encontra-se uma cascata natural de grande beleza.
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