Antiga igreja matriz de Almada, foi construída nos primórdios da reconquista cristã, sofrendo sérios danos aquando do terramoto de 1755. Foi posteriormente reedificada no século XVIII pelo Infante D. António, irmão do rei D. João V. A capela-mor possui um teto em abóbada de pedra, construído em estilo manuelino. O altar-mor detém algumas lápides sepulcrais e valiosos azulejos do século XVIII. Escavações arqueológicas puseram a descoberto sepulturas datadas desde o século XII.

A igreja de 1624 é muito decorada, sendo um monumento característico do barroco seiscentista. A classificação: Imóvel de Interesse Público, inclui o túmulo de João das Regras, classificado Monumento Nacional, o retábulo da Capela-mor, os dois retábulos do transepto, as quatro pinturas que se veem nos segundos e terceiros altares de um e outro lado do corpo da igreja, e arca quinhentista que contém os restos de Vasco Martins de Albergaria.

Com raízes na Idade Média, a indústria de curtumes ocupava, noutros tempos, uma zona específica, localizada às portas da cidade, denominada "Ribeira de Couros". Dada a importância histórica e patrimonial desta área e constituindo um elemento incontornável desta região, foi classificada como Imóvel de Interesse Público, em 1977. Desta forma, a Rota do Património Industrial do Vale do Ave destaca a Fábrica de Curtumes da Ramada como um exemplo significativo em plena laboração.

Esta igreja apresenta arquitetura barroca e uma planta longitudinal composta por nave e capela-mor. O campanário tem uma sineira e acesso na face posterior. O interior apresenta coro-alto e, no lado do Evangelho, batistério. Retábulos colaterais de talha policromada e dourada do estilo barroco nacional. O retábulo-mor demonstra uma transição com estrutura do barroco nacional e elementos decorativos joaninos. Na sacristia é apresentado um retábulo de talha rococó.

Implantado no que era, noutros tempos, a periferia do núcleo habitacional de Benfica, o Bairro Grandela destinava-se a alojar os operários da "Sociedade Algodoeira do Fomento Colonial" e os empregados dos "Armazéns Grandela" (ambos pertencentes a Francisco Grandela). O projeto tinha um caráter marcadamente privado, com gradeamentos e portões a delimitar o conjunto disposto ao longo de três ruas. Era formado por bandas, cada uma com sua tipologia, distribuídas consoante o tipo de morador.

Construída no canal da Linha do Tâmega, entre as estações de Amarante e Chapa, a Ecopista da Linha do Tâmega proporciona aos utilizadores o contacto com o património natural, caracterizado por zonas verdes preservadas e complementadas com a densificação arbórea para ensombramento. A iluminação pública percorre o troço entre as estações de Amarante e Gatão, com características mais urbanas, que potencia a prática de jogging. Dispõe ainda de bancos, situados em pontos estratégicos do percurso.

Este passeio ribeirinho, junto às margens do Tejo, é pautado por calçada portuguesa e uma zona de esplanadas, bem como iluminação que permite passeios noturnos numa zona de rara beleza que possibilita o deleite nas imagens que o estuário do rio nos oferece. Neste passeio existe igualmente o Forte da Trafaria, entretanto convertido em escola profissional de turismo, mas respeitando o traço deste edifício de arquitetura militar datado do século XVII.

Neste espaço datado do século XII destacam-se o retábulo-mor, órgão de tubos, o magnifico cadeiral, situado na nave central, a Sacristia, com paredes revestidas a azulejo avulso, do século XVII, o conjunto de pinturas quinhentistas, destacando-se o quadro de S. Pedro, atribuído a Grão Vasco ou Gaspar Vaz, ligado à escola de Viseu, a Virgem com o Menino em granito policromado, do século XIV e o túmulo de D. Pedro.

Instalado no antigo Paço Episcopal desde 1971, foi criado em 1910 no Convento dos Capuchos, pelo arqueólogo e personalidade de diversos interesses da ciência e das artes de quem ostenta o nome. A organização original baseou-se na coleção arqueológica do fundador, reforçada posteriormente com peças do Paço Episcopal e com incorporações de espólios de arqueologia, paramentaria e das típicas colchas bordadas. Nas exposições temporárias sobressaem as obras de arte têxtil, arte sacra e etnografia.

O núcleo-sede do Museu Municipal de Alcochete foi inaugurado em 1988 e desenvolve-se em três áreas temáticas, arqueologia, história e etnologia. Dos vários exemplares históricos aqui presentes merece destaque para o Pelourinho manuelino (fuste), o documento original do foral de Alcochete datado de 1515, o livro de vereações de Santa Maria de Sabonha, datado de 1421/1422, e o conjunto de pesos da reforma de D. Manuel I.