Localizada no interior do concelho de Odemira, esta albufeira, banhada pelo rio Mira, está enquadrada por uma paisagem de cerros arredondados cobertos de estevas e margens arborizadas. O local prima pela tranquilidade, convidando ao descanso. As espécies piscícolas mais comuns são o achigã, o barbo e a carpa (vulgo robalo). As pitorescas aldeias de Santa Clara-a-Velha (com a sua ponte romana e a capela de Nossa Senhora da Cola) e de Saboia merecem também uma visita. Junto à barragem existe uma pousada.

O restaurante Azenha do Mar adotou o nome da terra que o acolheu. No alto da falésia, é já uma referência na Costa Vicentina para quem gosta de marisco, uma vez que apresenta uma qualidade inquestionável a um preço acessível. A sapateira, o arroz de marisco, o arroz de tamboril, a feijoada de marisco ou mesmo a caldeirada de peixe à moda da casa são algumas das especialidades. É frequente servir mais de 100 refeições por dia, e, por isso mesmo não aceita reservas.

O restaurante Estelas, em Peniche, é uma casa resguardada, com cuidados decorativos, prémios diversos e peixe muito bem tratado, quer na confeção, quer na apresentação. Neste espaço faz-se, definitivamente, o elogio do mar e das suas riquezas. A afamada lagosta suada à moda de Peniche, as variadas cataplanas e caldeiradas, o peixe alfaquique com açorda de ovas e o arroz de marisco são as especialidades de um restaurante onde o peixe da costa grelhado também merece lugar de destaque.

O restaurante O Camões, situado em Vila Nova da Boronia, é uma casa simpática, com atendimento familiar e pratos regionais alentejanos bem confecionados. As sopas de tomate com corvina, o feijão com carrasquinhas e o arroz de feijão com carne de alguidar são algumas especialidades que se destacam. As sopas de cação, bem como as migas com entrecosto também não podiam faltar na ementa. No inverno, para além dos sabores alentejanos, a lareira apresenta-se como um bom argumento para uma refeição mais demorada.

O Cantinho do Toino, em Alcanena, é um pequeno restaurante localizado no centro da povoação, pequeno em tamanho mas grande em sabores tradicionais. Decorado de forma rústica, com poucas mesas e um balcão corrido, aposta nos petiscos e nas especialidades da região, que confeciona com saber. A cachola e a morcela são incontornáveis, bem como a feijoada de caracóis, como entrada. Nos pratos principais destacam-se o cozido da região, o leitão assado no forno e ainda a dobrada com feijão branco.

O Barrigas, na Golegã, é um restaurante tradicional, com mais de duas décadas de existência e grande fama, alcançada graças ao enorme número de entradas que disponibiliza nos almoços de domingo. São entre 20 a 50 e abrangem praticamente toda a história culinária da região e até do país. Nos restantes dias o serviço é à lista, com propostas interessantes como o naco de boi no carvão, o sável frito com açorda de ovas e o leite creme queimado na hora.

O restaurante O Plátano, localizado no Bombarral, é um espaço amplo, rústico e acolhedor, a servir bons pratos da cozinha tradicional portuguesa. Os sabores regionais estão aqui representados em iguarias como o ensopado de borrego, as lulinhas grelhadas, o borrego no forno e a pêra bêbeda. O arroz de pato, o polvo à lagareiro e o cozido à portuguesa são também especialidades da casa. Mas atenção, é melhor telefonar e confirmar qual é a especialidade do dia, uma vez que têm dias marcados.

O restaurante Ponte Romana, na Sertã, oferece uma vista única e deslumbrante, quase ao nível das águas do rio, permitindo num cenário de sonho apreciar as verdadeiras e tradicionais iguarias da região. Com uma carta vasta, são incontornáveis os regionais maranhos e o bucho recheado, bem como a chanfana, o cozido à Portuguesa e o cabrito assado no forno. Nas sobremesas a tarte de pastel de nata é a especialidade da casa, ainda mais saborosa se apreciada na varanda com vista para o rio.

O Lagar, como o nome sugere, funciona num antigo lagar de azeite, do qual ainda conserva o teto em abóbada. A sala está decorada com elementos tradicionais, conferindo-lhe uma aspeto rústico. Migas com carne de porco, carne de porco à alentejana, sopa de tomate, açorda à alentejana e porco preto grelhado na brasa são especialidades regionais que se juntam ao bacalhau, bife, espetada e cataplana à Lagar, pratos que tornam esta casa num convite à descoberta de novos sabores.

De portas abertas desde 2007, já se impôs no bem equipado parque restaurativo da cidade de Évora, onde nasceram algumas estrelas da gastronomia tradicional. O jovem chef Joaquim Almeida tem dedicado toda a sua energia ao desenvolvimento do projeto que aproveita (bem) as receitas alentejanas, com algumas (interessantes) recriações. As almofadas recheadas, principalmente as de carne (porco preto ou borrego), são uma das imagens de marca deste espaço, onde a simpatia também marca pontos. Muito bom o arroz de lebre malandrinho. Boa garrafeira.