A doçaria do Ribatejo é muito influenciada pela doçaria conventual. A receita dos queijinhos do céu, deliciosos doces de ovos embrulhados em papel recortado, nasceu precisamente no Convento das Donas de Santarém.
O pampilho é um doce tradicional de Santarém. O seu nome e forma alongada estão relacionados com a vara comprida usada pelos Campinos para conduzir o gado. É recheado com doce de ovos e canela.
Estes tradicionais doces de Santarém nasceram das mãos fadadas das freiras do Convento de Santa Clara. Recheados com miolo de amêndoa são sem dúvida um regalo para o paladar de turistas e habitantes locais.
As broas das donas são um doce conventual com origem no Convento das Donas de São Domingos, fundado no século XIII, que influenciou a doçaria ribatejana.
Segundo a lenda, os arrepiados de Almoster nasceram quando as monjas se preparavam para fazer uma grande receção a alguns ilustres convidados e que quando descascavam as amêndoas uma monja alertou:"Atenção, olhem que as clarissas fazem uns bolos muito bons!". A réplica não tardou:"Não se preocupe! Os nossos doces serão tão bons que os fidalgos ficarão arrepiados!". Nasceu assim o doce de amêndoa de Almoster, um regalo para o paladar.
O bacalhau torricado é um prato da gastronomia ribatejana muito associado ao trabalho no campo, especialmente na área de Santarém e Azambuja. O que o torna distinto das demais receitas de bacalhau é o facto de ser servido com pão torrado, untado com o azeite e envolvido nas lascas de bacalhau.