Nos meses de verão, os festivais de música enchem de gente, sorrisos e muita animação vários jardins, parques e praias, um pouco por todo o país. Mas, terminada a época dos festivais, estes espaços ganham uma nova vida, transformando-se numa espécie de refúgio ao corre-corre dos dias. Sem o corrupio dos festivaleiros, a música dá lugar aos sons da natureza e o espaço parecer-lhe-á diferente, talvez maior e mais verde. Se já está com saudades e lhe apetece recordar os momentos mágicos que ali viveu, ou se procura apenas um lugar calmo, rodeado de Natureza, para respirar depois de um dia de trabalho, descubra a outra face destes locais de sonho, que serviram de palco aos festivais de música da sua vida. Verá que, em qualquer época do ano, com ou sem música, uma coisa está garantida: a magia acontece.
Parque da Bela Vista – Rock In Rio Lisboa
De dois em dois anos, esta enorme mancha verde, com uma área de cerca de 85 hectares, transforma-se em “Cidade do Rock” e recebe muitos milhares de pessoas para o maior dos festivais de música de Portugal: o Rock in Rio Lisboa. Com a sua clareira central em forma de anfiteatro, o Parque da Bela Vista parece ter sido “construído” para receber grandes eventos, mas, na verdade, trata-se de uma antiga quinta rural, com muitas árvores, jardins e grandes zonas de prado. As zonas altas são deslumbrantes miradouros para a cidade e o Rio Tejo.
Parque da Cidade do Porto – Primavera Sound
Todos os anos, nos primeiros dias do mês de junho, cabe ao Primavera Sound abrir a temporada dos festivais de verão em Portugal. E se a romaria anual é já “obrigatória” para o mais exigente dos melómanos, muito se deve ao local onde tudo acontece: o idílico Parque da Cidade do Porto. Quando se cala a música, o espaço, com os seus extensos jardins e caminhos pontuados por pequenos bosques e espelhos de água, convida ao desporto, às brincadeiras e ao contacto com a natureza. E o mar mesmo ali ao lado!
Praia Fluvial do Taboão – Paredes de Coura
O verdíssimo anfiteatro natural, o jogo das luzes que se entrelaçam através dos ramos das árvores, o serpentear do rio e as suas pequenas cascatas, a água gelada… Tudo isto é a Praia Fluvial do Taboão, também conhecida na gíria festivaleira por “Couraíso”. O festival é sempre o melhor dos pretextos, mas a boa notícia é que não precisa de data marcada para uma visita (ou um regresso) a Paredes de Coura. Mesmo sem palcos e sem rock, vai encontrar um jardim encantado, um lugar mágico onde apetece sempre voltar.
Praia Fluvial das Azenhas – Vilar de Mouros
Quando pensa em Vilar de Mouros, que palavras ou imagens lhe vêm imediatamente à cabeça? Festival, rock’n’roll, hippies a banhos no rio… Pois então saiba que o Rio é o Coura e a praia, com os seus pitorescos moinhos de água e bem próxima da ponte romana, é a Praia Fluvial das Azenhas. Rodeada por todos os lados de intensa vegetação, reúne as condições mais que perfeitas para um dia de refrescantes mergulhos, para a prática de desportos náuticos, piqueniques e todo o tipo de convívio com os seus. Vai aceitar a sugestão ou prefere esperar pela próxima edição do “Woodstock” português?
Praia do Meco – Super Bock Super Rock
De mar bravio, rodeada de dunas e protegida por falésias e pinhais, a praia do Meco, junto à aldeia com o mesmo nome, manteve-se, durante muito temo, praticamente desconhecida, frequentada essencialmente por naturistas. Ora, isso mudou quando, a partir de 2010, o festival Super Bock Super Rock assentou arraiais (com alguns anos de interregno) naquele pequeno paraíso. É verdade que ganhou fama entre os festivaleiros, mas não se assuste: se, durante os dias do festival, a praia fica repleta de animados (e barulhentos) veraneantes, durante o resto do verão é a praia ideal para quem deseja fugir de multidões.
Praia da Zambujeira do Mar – Sudoeste
A 1.ª edição do Sudoeste, em 1997, inaugurou em Portugal a moda dos festivais de verão junto à praia. Antes (e depois!) de uma longa noite de música, dança e animação, nada como um maravilhoso dia de praia para retemperar forças! A Zambujeira do Mar, na Costa Vicentina, passou, então, a fazer parte do roteiro de férias de muitas gerações de festivaleiros, e não só! Se não conhece, prepare-se para se deslumbrar com a beleza quase intacta deste pequeno paraíso incrustado entre duas falésias. Se gosta de surf e bodyboard, não se esqueça da prancha, e deixe-se ficar sem pressas. O pôr-do-sol, dizem, é o mais bonito do mundo!
Passeio Marítimo de Algés – Alive
Já no concelho de Oeiras, mas relativamente próximo da Baixa lisboeta, o Passeio Marítimo de Algés deve muita da sua fama ao NOS Alive, considerado por quem sabe um dos melhores festivais de música da Europa. Mas quando não há festival ou outros grandes concertos, sobram motivos para um passeio à beira-mar. Calmo e amplo, este é um dos melhores locais para a prática de exercício físico. Agarre na bicicleta, no skate ou dê corda às sapatilhas para uma retemperadora corrida de fim de tarde, com uma vista única para o estuário e a cidade de Lisboa.
Barragem de Idanha-a-Nova – Boom Festival
A sua reputação corre mundo e, de dois em dois anos, sob a lua cheia de agosto, Idanha-a-Nova enche-se de pessoas de todas as idades, géneros e nacionalidades, para participarem no Boom Festival, um festival de música diferente, ecológico e visionário. Junto ao magnífico lago artificial, os festivaleiros celebram a arte, a cultura, a espiritualidade e estilos de vida alternativos. Quando não há festival, a barragem, o parque de campismo e os extensos espaços verdes em redor são locais de romagem para amantes da Natureza e de desportos náuticos.
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