A Torre de Refoios é o que resta de uma antiga construção acastelada edificada antes da fundação de Portugal. Fica situada no meio de um vale verdejante, que pertenceu aos monges do Mosteiro de Refoios, junto à margem direita do rio Lima. O corpo principal domina com a sua sombra o conjunto habitacional formado pelos antigos anexos agrícolas. Os apartamentos possuem sala de estar com lareira e varanda ou jardim reservado, proporcionando total privacidade.

Esta igreja fazia parte do desaparecido mosteiro beneditino, tendo sido reconstruída nos séculos XIV e XV. A partir daí passou a possuir claustro, torre ameada e o gigante da frontaria. O pórtico é de quatro arquivoltas de arcos ogivais, assentes em colunas decoradas nos ábacos e capitéis, com brasão e uma rosácea. Interiormente possui uma nave, capela-mor, onde se encontra o túmulo do abade D. Estêvão, epigrafado e com estátua jacente sobre a tampa e capela funerária. Faz parte da Rota do Românico do Vale do Sousa.

Este belo monumento renascentista, da autoria de João de Ruão, foi mandado construir por Dom João III. A construção foi iniciada em 1530, no âmbito de um plano de reforma do Mosteiro de Santa Cruz, idealizado por Dom Frei Brás de Braga. Apresenta uma fonte central encimada por uma cúpula e, em redor, quatro ermidas cilíndricas. Toda a estrutura está assente num tanque.

Igreja de uma só nave, com coro-alto, capela-mor e capela lateral. Esteve integrada num mosteiro franciscano do qual conserva a galilé com três arcos. O pórtico mantém a traça renascentista, assim como a capela funerária de Dom Francisco Coutinho. No interior, destacam-se os painéis de pinturas quinhentistas e o teto revestido com caixotões. Junto à capela-mor tem uma torre defensiva.

Implantada sobre o rio Ovil, a Ponte de Esmoriz está enquadrada numa paisagem marcada ainda por uma forte ruralidade. Tal como no caso da Panchorra, em Resende, a Ponte de Esmoriz reflete a utilização tardia de modelos construtivos bastante remotos. Constituída por um único arco de volta perfeita, insere-se no conjunto das travessias viárias associadas à importância religiosa e económica do vizinho Mosteiro de Ancede.

Construída sobre um antigo castro, próximo do rio Távora, destaca-se a Igreja Matriz de S. João Baptista, de traça românica, salientando-se o portal com as suas arquivoltas, os nichos, as talhas e um capitel visigótico. Na praça, que forma um harmonioso e conservado conjunto, encontra-se o pelourinho (Imóvel de Interesse Público). De realçar são, também, as casas da Comenda da Ordem de Malta e dos Barões de Moçâmedes, Solar dos Carvalhos, pontes dos rios Medreiro e Abade, Fonte de Chafurdo da Ponte do Rio e Convento do Mosteiro. No artesanato são características as esculturas em madeira e pedra.

A Igreja de Santo André de Vila Boa de Quires no princípio do século XIII pertencia à Ordem de São Bento, tendo passado a igreja paroquial entre 1309 e 1320. O arranjo e a escultura do portal principal seguem modelos utilizados nas igrejas dos Mosteiros de Paço de Sousa e de São Pedro de Roriz. O portal lateral sul, que mostra um touro e um leão que sustentam o tímpano, tem capitéis similares aos da Igreja de São Gens de Boelhe.

Os Memoriais de Alpendorada (Marco de Canaveses), Sobrado (Castelo de Paiva), Ermida (Penafiel) e Santo António (Arouca) estão, segundo a lenda, relacionados com Dona Mafalda, filha do rei Dom Sancho I. São tradicionalmente referidos como ponto de paragem no traslado do seu corpo para o Mosteiro de Arouca. Estes monumentos têm um valor simbólico de notável interesse e singularidade, tanto mais que esta tipologia é exclusiva do território português. O Memorial de Alpendorada parece indiciar a função tumular deste monumento.

Edificação seiscentista que sofreu posteriores alterações. Destaca-se a azulejaria que reveste as escadas e as salas. Por todo o edifício podemos encontrar também pinturas setecentistas no teto e elementos arquitetónicos de várias épocas, restos de estatuetas de conventos, mosteiros e igrejas que foram abandonados após a extinção das Ordens Religiosas em 1834. No jardim, está um dragoeiro centenário, notável exemplar de Dracaena graco. Para se visitar a Quinta da Trindade, é necessário efetuar marcação junto do Serviço Educativo do Ecomuseu Municipal do Seixal.

Igreja setecentista reconstruída em 1830. Em 1758 é referida como pertencente ao Mosteiro de São Cristóvão de Rio Tinto. Neste templo merecem especial referência as frentes com azulejos e painéis de santos, as duas torres e o carrilhão com 17 sinos. Evidencia-se ainda a sua imponente fachada.