A meia encosta do monte de São João, relativamente perto da “Mesa dos Mouros”, numa plataforma alongada que termina em escarpa no Rabagão, recolheram-se fragmentos de “tegullae” e telha de meia cana. Atualmente, para além destes indícios, não são percetíveis outros vestígios arqueológicos. No local existia até há poucos anos uma pedra, com uma cavidade na parte superior, onde, segundo a tradição oral, se rezava a missa, servindo a cavidade para colocar a água benta. Junto ao local, no sítio chamado “Mesa dos Mouros” encontra-se um afloramento granítico, talhado em forma de mesa e com bancos laterais. Acredita-se que aqui …

Trata-se de um monumento megalítico funerário, razoavelmente visível, com cerca de nove metros de diâmetro máximo e parcialmente cortada por um caminho. Não se identificam esteios à superfície. Este monumento foi recentemente lavrado, o que originou o aparecimento de fragmentos cerâmicos lisos.

A Pala dos Mouros é constituída por um grande monólito granítico que forma uma grande cavidade com superfície arredondada. A única abertura fica virada para Este, ou seja para o Cávado. Este sítio reúne todas as características para ter sido um potencial abrigo de população humana, em diversas fases da pré-história, no entanto, serão necessários trabalhos arqueológicos que comprovem a ocupação do local. Trata-se de um abrigo de grandes dimensões, bastante protegido das intempéries, junto de uma linha de água.

Vestígios de um povoado romano localizado a Sudoeste de Gralhas, tendo como ponto de referência o campo de futebol, a cerca de 950 metros de altitude. Não se detetam estruturas à superfície, no entanto abundam os materiais de cronologia romana. O povoado foi parcialmente cortado pela EM 508. Numa vasta área encontram-se fragmentos de “tegullae” e cerâmica comum romana, assim como blocos graníticos provenientes de construções antigas. Alguns arqueólogos associam este povoado à exploração mineira próxima dali, assim como a uma via secundária de escoamento dos materiais preciosos.

Povoado fortificado localizado num outeiro na margem direita do rio Rabagão, no Monte de Balaselas, em Ferral. São visíveis duas linhas de muralha em derrube, sendo mais evidentes no lado Noroeste. Aqui localiza-se também um profundo fosso, inteiramente escavado na rocha. No interior do castro observam-se alinhamentos de estruturas e cerâmica indígena micácea. Alguns destes fragmentos encontram-se no Ecomuseu de Barroso.

Monumento megalítico de difícil visibilidade, parcialmente cortado pela construção da estrada. Localiza-se no cruzamento das estradas que ligam à Aldeia Nova de São Mateus, Gralhós, Firvidas e Zebral, vindo de Meixedo. Apresenta cerca de dez metros de diâmetro máximo e uma depressão central muito acentuada, donde emerge um esteio. Na zona envolvente existe bastante cascalho, possivelmente pertencente à couraça pétrea do monumento.

Em pleno percurso pedestre do trilho do Alto Rabagão, no sítio "Marouco da Raposeira" encontra-se um monumento megalítico, parcialmente cortado pelo caminho. É uma elevação pouco proeminente, conserva ainda restos de couraça lítica e não se detecta depressão central significativa nem esteios à superfície. Tem cerca de 10 metros de diâmetro e está coberta por pinheiros. Trata-se efectivamente de mais um monumento megalítico funerário, que poderá estar quase intacto.

Povoado fortificado de pouca amplitude, localizado na mesma linha dos castros de Vilarinho de Negrões e Morgade, dominando, em conjunto, todo o vale do Rabagão. Conserva uma espessa muralha, que circunda o monte, e que nalguns pontos tem cerca de cinco metros de espessura. No interior, observam-se vestígios de construções. Na parte superior do monte foi colocado um poste de alta tensão que cortou parcialmente a muralha. Do lado Este o acesso seria mais fácil, pelo que é neste local que se terá construído um fosso, do qual ainda restam vestígios.

Antigo povoado romano localizado no local denominado por Muradelhas, a cerca de 1,5 quilómetros de Montalegre, a pouco mais de 1000 metros de altitude. Trata-se de uma elevação pouco evidente, atualmente coberta por uma densa vegetação rasteira. São ainda visíveis duas espessas muralhas, existindo dentro largas plataformas onde se identificam alinhamentos de estruturas. Por todo o povoado foram encontrados fragmentos de cerâmica romana.

Povoado fortificado, com uma espessa linha de muralha circundante, construída com terra e calhaus, em ruína parcial. Os vestígios mais evidentes deste povoado concentram-se na linha de muralha, com cerca de 6,5 metros de largura. No interior do povoado não se detectam materiais cerâmicos à superfície. Implanta-se na encosta norte da serra do Barroso, no início do vale do Rabagão, na sua margem esquerda. Povoado fortificado, de pequena dimensão. No interior abundam os afloramentos graníticos, alguns dos quais formando abrigos naturais.