Após a reconquista, no final do século XIII, houve uma reorganização militar, da qual este conjunto de núcleos medievais com as respetivas muralhas faz parte. Esta vila conheceu duas extensões urbanas, sendo a segunda, no século XVI, a que trouxe um incremento na construção. Foi nesta altura que, por exemplo, o Palácio Ducal foi construído. Felizmente, essa expansão foi cuidada, tendo como ponto de partida o Terreiro do Paço.

A Igreja é de pequenas dimensões, com a abside estrangulada a fazer a quina do vasto quarteirão ocupado pelo conjunto. A cimalha da nave e da abside é corrida por travamento em silharia profundamente emoldurada, ornamentada por gárgulas de figuração zoomórfica. A nave é revestida de azulejos de 1626 e a abóbada de pinturas a fresco. O retábulo é de D. João V. O claustro, clássico, de D. João III, tem dois pisos e arcaria geminada. A capela-mor tem abóbada igualmente ogival de um só tramo, minúscula, com tribuna e retábulo de talha dourada barroca.

Antigo palacete construído em 1599, com planta retangular, com dois pisos e dois corpos e um pátio central, propriedade da família Matos Azambuja. Tardiamente chegou a ser propriedade da família Hintze Ribeiro e, em 2007, foi vendido. No interior podem ver-se murais do período de D. Maria I, marmoreados oitocentistas e papel de parede de finais do século XVIII.

Convento franciscano da Segunda Ordem - Clarissas. De planta retangular, é constituído por capela-mor, sacristia e claustro. O seu espólio é vasto e inclui capelas interiores e altares mandados construir pelas religiosas e pinturas murais, entre outros vestígios. Hoje funciona como fundação e as dependências conventuais servem de pousada.

Fundado no reinado de D. Afonso III, mais precisamente em 1267, foi dedicado a Nossa Senhora da Graça. O seu destino era ser panteão dos duques de Bragança. Destaca-se a fachada do mosteiro e da igreja com altas torres sineiras e grandes janelas. A nave da igreja é severa e quase sem decorações e as paredes laterais da capela-mor encerram em si seis mausoléus de duques de Bragança. Abrem-se para a nave seis capelas onde se destaca o retábulo barroco, revestimento azulejar e esculturas. Um realce para o bonito claustro seiscentista que dá acesso a diversas dependências.

Edifício quinhentista, profundamente alterado no século XVIII. Da construção primitiva, em estilo manuelino-mudéjar, apenas se conservam as abóbadas, as portas das dependências térreas e o claustro. No interior avultam diversas pinturas, com destaque para os frescos quinhentistas representando a tomada de Azamor. Atente-se também no mobiliário e nas tapeçarias.

Frontaria dividida em três tramos, em cada um dos quais se abre um pórtico simples de moldura esquadriada carregado por singelo frontão de cornija triangular. Sobre cada pórtico, encontra-se um janelão retangular de moldura de profundo chanfro. A fachada é dividida por pilastras e o edifício flanqueado por sólida torre quadrada. Tem três naves e cinco tramos de arcadas redondas em colunas dóricas. No interior da igreja destaca-se o revestimento a azulejos policromos.

Este terreiro tem cerca de dezasseis mil metros quadrados e possui grande riqueza arquitetónica. Nele está, entre outros monumentos de interesse, o Paço dos Duques de Bragança, a estátua equestre de D. João IV, a Porta dos Nós e a Porta da Vila.

Castelo de planta quadrangular rodeado por um fosso e dois torreões cilíndricos. O acesso é feito através de uma portada clássica romana. É um exemplar raro no panorama da arquitetura militar portuguesa, com a cerca, as torres e as portas medievais a coexistirem com a fortificação renascentista. Realce para a Alcáçova dos Duques de Bragança, com salas de colunelos de mármore e abóbadas de nervuras.

Construção do século XVI, possui um importante conjunto de azulejos de tapete enriquecido pelas pinturas a fresco, das mais raras do país. Na portada merece destaque um meio-relevo quinhentista representando a Virgem e o Menino.