Embora a história do espaço eclesial aponte para uma fundação medieval que remonta ao século XII, a Igreja de Cárquere é estruturalmente uma fusão de estilos que revelam períodos cruciais no seu desenvolvimento como o espaço monástico, ora ligado aos Cónegos Regrantes, ora aos Jesuítas. Segundo a lenda, a sua fundação deve-se ao milagre, atribuído a Nossa Senhora de Cárquere a pedido de Dom Egas Moniz de Ribadouro, da cura das pernas de Dom Afonso Henriques.

Apesar de fundada no século XI, a edificação românica desta igreja apenas aconteceu nos séculos XIII e XIV, altura em que também foram introduzidos elementos inspirados no gótico, sofrendo depois uma ampliação para três naves e remodelações nos séculos XVII e XIX. Da traça original conserva o pórtico de quatro arquivoltas. O interior, cujo aspeto resulta das reconstruções sofridas, encontra-se parcialmente revestido a azulejos do século XVII. Vale a pena admirar o pórtico românico, as três naves apoiadas em possantes colunas e as estátuas em talha dourada.

Inicialmente foi pertença de um mosteiro feminino da Ordem de São Bento, fundado no século XII. Todavia, a extinção do mosteiro, em 1418, e a consequente construção de uma nova igreja paroquial ditaram a sua paulatina ruína. Apesar das transformações sofridas no século XVIII, a fábrica original desta Igreja, de pequenas dimensões, constitui um bom testemunho de arquitetura românica tardia, conforme atesta o seu portal principal. É de realçar a cachorrada, de decoração geométrica, os seus alçados laterais e as mísulas que acusam a existência de um alpendre no lado sul da Igreja.

Localizadas na Aldeia Histórica de Castelo Mendo, as ruínas desta antiga igreja impressionam pela sua beleza e enquadramento paisagístico num ponto sobranceiro. De estilo românico, foi construída no século XIII e sofreu alterações no século XVI, designadamente com a construção da capela lateral que apresenta teto Mudéjar e uma gárgula de canhão. Em 1758 tinha quatro altares, dedicados a diversas santidades, sendo a paróquia extinta em 1834. No lintel da porta da parede transversal da nave surge epigrafado o ano de 1889, revelador da reduzida utilização do templo.

O restaurante Maria do Mar, no centro da vila piscatória da Nazaré, é uma casa simples e familiar, com motivos marítimos na decoração. O bom humor e a animação são constantes e muitas vezes, às sextas-feiras, são organizadas noites de fado ou de música tradicional ao vivo. As especialidades da casa são os peixes frescos da costa, pescados pelo irmão da proprietária, e os mariscos. As caldeiradas saem com frequência da cozinha, bem como as gambas à Orlipa, as espetadas de lulas e os peixes escalados. Para iniciar a refeição sugere-se o mexilhão de vinagrete e para terminar um pijama …

Já anteriormente ao século XII, quando os frades de Seiça adotaram a regra de S. Bernardo, aqui existia uma pequena comunidade monástica. O conjunto arquitetónico data, porém, dos séculos XVI, XVII e XVIII, quando se construiu o claustro, se ergueu o dormitório e se transformou a igreja. O templo, de nave única, capelas laterais à face, transepto saliente e duas torres sineiras de cúpulas bolbosas na fachada, foi muito adulterado no século XX, tendo-se apeado a cabeceira para a construção da linha de caminho-de-ferro e instalado, no interior, uma unidade industrial de descasque de arroz.

Quarenta e dois anos de portas abertas são a prova de que este é um restaurante que sabe muito bem como agradar aos clientes. À beira da estrada, entre a Serra da Gardunha e a Serra da Estrela, distingue-se pela vasta carta repleta de receitas regionais e ainda pelos vinhos de todo o país, com destaque para os de produção própria com o nome do restaurante. São ainda os autores do pastel de nata de cereja, que já se tornou um símbolo da Cova da Beira. A ementa recebe adições sazonais, como a caça quando o frio começa a aparecer, …

Busto erguido em homenagem a Dona Maria Carolina Teles Abreu, doadora do terreno para o cemitério local.

O Maria do Carmo, em Vila Real, já tem um lugar na história da gastronomia nacional, graças aos 50 anos de boa comida. Há quem garanta que foi aqui que nasceu a fama do delicioso joelho da porca. Na cozinha não confirmam, nem desmentem, mas garantem que já houve quem tenha tentado replicar esta iguaria mas sempre sem sucesso. O segredo, esse, fica guardado e quem quiser provar o original só tem de aparecer por aqui. Na realidade, este restaurante é bom e certeiro em tudo o que faz, não fosse o facto de vir a acumular experiência de mais …

Templo de pequenas dimensões localizado no interior do forte de Santa Catarina. Merecem realce a cúpula e a imagem de Santa Catarina, padroeira dos artilheiros, do século XVIII.