Estes bordados podem ser encontrados nos trajes minhotos e em toalhas de mesa. São confecionados em algodão azul, vermelho e branco e apresentam várias formas.

Os artesãos desta zona trabalham os cabos das bengalas esculpindo formas de cabeças de animais (cobras, cães e outros). As madeiras usadas são o lódão e a cerejeira e, em menor escala, o castanheiro e a macieira. Na sua decoração utiliza-se o latão.

Trata-se de elementos decorativos utilizados em festas populares. Os arcos de romaria, por exemplo, são encimados por uma cruz e os arcos de casamento são decorados com corações e pombas brancas.

Louça de barro, vidrada ou esmaltada e pintada. É produzida em Coimbra, Condeixa-a-Nova e Conímbriga. Entre os vários tipos de faiança destacam-se peças do século XV, de inspiração islâmica, do século XVII, representando cenas de caça e pesca, e do século XVIII, com pássaros amarelos, escamas e Delft.

Na zona de Aveiro e Águeda faz-se uma louça muito especial - em grés salgado -, que permite obter um vidrado de boa qualidade, apenas com uma única cozedura. É fabricada segundo os métodos tradicionais e pintada à mão com singelos desenhos a azul. Destaca-se também, nesta região, a faiança do Outeiro, com motivos florais e aves exóticas a verde e negro.

Em Alcobaça utiliza-se os barros brancos da região. As peças apresentam, por vezes, reproduções das antigas faianças portuguesas. Cores utilizadas: azul, verde, amarelo e roxo. A louça mais tradicional tem fundo branco e decoração a azul. Em Vestiande e em Alcobaça ainda se executam peças de cerâmica e azulejo mantendo o fabrico tradicional.

Para a execução dos arcos de festa, cuja tradição se mantêm viva nesta zona, os artesãos tiram os desenhos de fotografias de elementos da natureza, construindo as maquetas. Os arcos são iluminados e na decoração predominam as cores vivas.

Este tipo de renda de bilros é caracterizada pelo "guião", linha grossa que contorna os motivos ornamentais e consolida as rendas. Nesta região existem diversos tipos de renda: renda de "buracos", de "balãozinho", de "rosas" e franja de folhas.

Em Portugal, os embutidos são conhecidos desde o século XVI, em peças de mobiliário indo-português, sobretudo "contadores". O artesão serve-se de um desenho e fura-o; esvazia os espaços embutindo as minúsculas peças que foram recortadas. Os materiais usados são: pau-roxo, pau amarelo, pau-santo, ébano, mogno, pau-rosa, buxo, madrepérola e o marfim.

São tradicionais na região de Mafra os bonecos de barro, isolados ou em conjunto. Na povoação do Sobreiro funciona uma olaria onde se pode observar um enorme conjunto de obras de um oleiro, com cenas típicas do dia-a-dia do povo português. Houve, recentemente, o ressurgimento de pequenas unidades de produção artesanal com técnicas de barristas e santeiros.