Doce conventual delicioso servido em rodelas de hóstia e recheado com doce de amêndoa e ovos.

Este bolo, considerado o ex-líbris da cidade de Ovar, tem origens conventuais, sendo confecionado desde o século XVIII. Nessa época, os ovarenses que viviam da faina criaram o hábito de presentear clientes e amigos com este pão-de-ló, que era transportado para Lisboa em canastras próprias. Este bolo delicioso tem o formato de uma broa, de massa leve e fofa, e é envolvido em papel de linho branco. É também comercializado em pequenas caixas amarelas com uma colher, ideal para ser saboreado no momento.

"Se queres palha vai a Abrantes". Com o Tejo no seu olhar, Abrantes era em tempos um porto de paragem devido ao movimento fluvial do Tejo, sendo uma das mercadorias mais transportadas precisamente os fardos de palha para os animais de tiro da capital. Este magnífico doce de ovos teve origem no Convento Dominicano da Graça, no século XIV. É imperdoável visitar esta cidade sem apreciar este célebre doce, recheado de história e sabor.

A receita deste delicioso doce varia consoante a região do país. É ideal para acompanhar um chá durante um lanche ou mesmo após a refeição.

Esta região é muito influenciada pelos doces conventuais. Em Amarante continuam a ser conhecidos os saborosos papos-de-anjo, foguetes, as brisas e as lérias, que ficaram historicamente ligadas à antiga "Casa das Lérias", de Alcino dos Reis.

Doce conventual recheado com amêndoa e ovos em formato de um foguete. Continuam a ser um dos doces típicos mais procurados em Amarante.

Com o formato das torres de um castelo, a fogaça é um doce com uma longa tradição, uma vez que a "Festa das Fogaceiras" remonta ao ano de 1505, quando o país era atacado por uma epidemia. Alarmados com a situação os Condes do Castelo e da Feira apelaram a São Sebastião para que terminasse com a peste, prometendo a realização de uma festa anual. O "voto" seria precisamente a fogaça. A festa ocorre anualmente em Santa Maria da Feira e existe inclusive a "Confraria Fogaça da Feira", que promove e defende a tradição.

Consta-se que as Fatias de Tomar eram o doce preferido dos padres do Convento de Cristo. Feitas com base em ovos e açúcar em abundância, a panela tradicional onde são confecionadas tem um funil e só se encontra à venda em Tomar. O processo de confeção torna estas fatias completamente distintas e com uma textura única a que a calda confere sublime doçura. As Fatias podem ser servidas simples ou decoradas com fios de ovos.

Confecionadas um pouco por todo o país, as farófias são contudo muito apreciadas em Lisboa, onde se supõe que terão sido elaboradas as primeiras receitas.

Doce confecionado um pouco por todo o país, mas é no Alentejo onde é mais apreciado e saboreado. De origem conventual, as receitas variam entre os conventos de Évora, Beja e Mourão, sendo a aqui apresentada a mais comum.